Receber um diagnóstico de câncer já é, por si só, um dos momentos mais difíceis na vida de qualquer pessoa. Mas, para muitos pacientes, esse sofrimento é agravado por uma luta que não deveria existir: a batalha contra os planos de saúde para garantir o tratamento adequado.
As negativas são diversas e, muitas vezes, sem qualquer justificativa razoável. Medicamentos de alto custo, exames essenciais para o diagnóstico preciso e terapias inovadoras são frequentemente recusados sob argumentos genéricos, como “não está no rol da Agência Nacional de Saúde (ANS)” ou “trata-se de um procedimento experimental”. No entanto, o que esses planos ignoram é que o câncer não espera. Cada dia perdido com burocracias pode significar uma chance reduzida de cura ou um avanço irreversível da doença.
Entre as negativas mais comuns estão:
• Recusa de medicamentos quimioterápicos orais: Muitas operadoras ainda tentam limitar o acesso a esses tratamentos, mesmo quando há indicação médica expressa;
• Negativa de exames essenciais, como PET-CT e PET-PSMA: Exames que permitem um diagnóstico mais preciso e auxiliam na definição da melhor conduta terapêutica são frequentemente negados.
• Restrição a cirurgias e tratamentos mais modernos: Procedimentos minimamente invasivos e terapias mais eficazes são barrados sob a justificativa de alto custo, ainda que tragam melhores resultados para os pacientes.
• Dificuldade na cobertura de imunoterapia e terapias-alvo: Mesmo com forte respaldo científico, muitos tratamentos inovadores são negados, obrigando pacientes a recorrerem à Justiça.
O que muitos não sabem é que essas recusas podem ser contestadas. O entendimento judicial tem sido amplamente favorável aos pacientes, garantindo o acesso ao tratamento necessário. Afinal, a saúde não pode ser tratada como uma mera equação financeira.
Se você ou alguém que conhece está enfrentando dificuldades para obter cobertura de um tratamento contra o câncer, busque seus direitos. A vida não pode esperar.
