Você teve ou conhece alguém que teve algum problema com plano de saúde? Os números de reclamações são altíssimos. De acordo com o jornal o Globo as ações judiciais de consumidores contra operadoras de planos de saúde cresceram absurdamente. Em 2024, foram registrados quase 300 mil novos casos. A advogada de Belém, Karita Noronha, começou a atuar na área do Direito da Saúde, ramo jurídico que trata sobre questões relacionadas ao Direito Constitucional à vida, à saúde e à dignidade da pessoa humana, a partir do momento em que descobriu a condição do filho surdo e começou a enfrentar problemas com o seu convênio médico.
A história de vida e profissão da advogada Karita Noronha começou no curso de Administração. Ela cursou uma disciplina de Direito e essa disciplina despertou nela o interesse de fazer um curso superior nessa área. Então ela formou em Direito atuou na área penal e tributária, mas foi o nascimento do seu filho, logo após o término de sua especialização que mudou os rumos da sua atuação no Direito. “Quando o meu filho completou um ano de idade percebi que ele não respondia a alguns sons, então comecei a ficar inquieta e comecei a investigar e duas coisas passavam na minha cabeça ou ele é autista ou é surdo, porque eu o chamava e ele não respondia”, contou a advogada.
Quando o filho de Karita estava com um ano e quatro meses, depois dele já ter passado por alguns médicos, ela o levou em uma especialista e descobriu que o filho era surdo. “Se cair uma bomba aqui ele não vai ouvir nada”, disse a médica.
Depois desse diagnóstico, a advogada começou a procurar apoio em outras mães e a cobrar o plano de saúde pelos seus direitos, pois as despesas eram elevadas, como por exemplo, a cirurgia de implante coclear, procedimento médico de alta complexidade que implanta uma prótese dentro da cóclea da pessoa surda quando ela tem surdez neurossensorial que é a surdez de quem não têm células ciliadas, que é o caso do filho de Karita. Além disso, o advogado que ela procurou para cuidar do caso na época, cobrou um valor expressivo. “Foi aí que eu conversei com o meu esposo e ele deu a ideia de a gente estudar o caso antes de contratar alguém, pois ele também é da área, e a partir desse momento eu comecei a estudar Direito da Saúde e a lutar pela minha própria causa”, disse Karita Noronha.
A luta deu certo e Karita começou a conquistar seus primeiros direitos. “Eu comecei a estudar sobre tudo e comecei a ir de encontro ao plano de saúde, porque eles não queriam liberar terapia, acessórios e eu comecei a estudar as legislações e depois fui recebendo os acessórios, os reembolsos…. Tudo o que tinha direito e fui compartilhando essas conquistas com outras mães e comecei a ajuda-las também”, contou a advogada. Hoje, a advogada Katia Noronha continua atuando com Direito da Saúde ajudando outras mães que passam por problema similar ao dela e de pessoas que têm problemas com planos de saúde. Além disso, ela faz home officee e já atendeu clientes em outros estados do país como Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul, Espirito Santo, Sergipe e Amazonas.
